Exposição Salvador Dali
Há cinco anos, o Instituto Tomie Ohtake iniciou as pesquisas e os contatos com as três grandes coleções do artista existentes no mundo e somente após retrospectivas de Dali no Centro Pompidou (2012) e no Museu de Arte Reina Sofía (2013), foi possível reunir e trazer para o Brasil, pela primeira vez, um conjunto tão significativo de obras. A exposição que se iniciou 19 de outubro de 2014, se encerra essa semana, dia 11, no Instituto Tomie Ohtake, Avenida Faria Lima, São Paulo.
Aproveitei para ir com a minha tia em uma das exposições mais visitadas do Brasil essa semana e descobri que além de pintor e precursor do Surrealismo, Salvador Dali é uma figura que se baseia na ideia do gênio do Renascimento, com diferentes âmbitos de criação. A mostra propôs um olhar que pudesse nos ajudar a entender Dali em todas as suas vertentes: pintor, desenhista, pensador, escritor, apaixonado pela ciência, catalisador das correntes de vanguarda, ilustrador, cineasta, cenógrafo. Também como inconformista, com uma atuação pessoal capaz de perceber a crescente importância da cultura de massas e, evidentemente, como artista que experimenta em todos os campos da criação inclusive os mais inovadores, como as instalações e as performances.
Os vínculos de Dali com o Surrealismo já o torna um grande ícone da arte, mas não é só por isso que ele é uma das figuras emblemáticas do século passado. Em sua obra, ele nos oferece a senha para descobrir quais suas influências e fobias. As vezes, apresenta-se de forma evidente. Mas, em outras ocasiões, temos que seguir seus mesmo passos, suas pistas e suas provocações, para descobri-las.
"Figura e drapeado em uma paisagem" e "O sentimento da velocidade" foram umas de muitas das obras que mais gostei.
Com mais de 200 peças, a exposição reuniu 24 pinturas, 135 gravuras e desenhos, 16 fotos e 39 documentos, a pedido do Instituto Tomie Ohtake, abrange primordialmente a década de 1930, auge do movimento.
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Sobre a exposição: Montse Aguer (curadora)